Base dudow 043 2000 – Questão 15

Linguagens / Literatura / Modernismo Português / Fernando Pessoa
O mistério de cousas, onde está ele? 
Onde está ele que não aparece. 
Pelo menos a mostrar-nos que é mistério? 
Que sabe o rio disso e que sabe a árvore? 
E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso? 
Sempre que olho para as cousas e penso no que 
os homens 
Pensam delas, 
Rio como um regato que soa fresco numa pedra. 
Porque o único sentido oculto nas cousas 
É elas não terem sentido oculto nenhum, 
É mais estranho do que todas as estranhezas 
E do que os sonhos de todos os poetas 
E os pensamentos de todos os filósofos 
Que as cousas sejam realmente o que parecem ser 
E não haja nada a compreender 
Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos; 
As cousas não têm significação: têm existência. 
As cousas são o único sentido oculto das cousas...

O texto, extraído de “O Guardador de Rebanhos”, mostra a forma simples e natural de sentir e dizer de seu autor, voltado para a natureza e as coisas puras. A leitura do texto mais as informações acima permitem que se conheça o poeta a quem os versos são creditados. Assinale a alternativa em que se encontre o seu nome.
a) Fernando Pessoa “ele-mesmo”
b) Álvaro de Campos
c) Ricardo Reis
d) Alberto Caeiro
e) Camilo Pessanha

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