FUVEST 2012 – Questão 47

Linguagens / Português / Língua e Funções / Interpretação de texto
Não era e não podia o pequeno reino lusitano ser uma potência colonizadora à feição da antiga Grécia. O surto marítimo que enche sua história do século XV não resul­tara do extravasamento de nenhum excesso de população, mas fora apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta de lucros, e que não encontrava no reduzido território pátrio satisfação à sua desmedida ambição. A ascensão do fundador da Casa de Avis ao trono português trouxe esta burguesia para um primeiro plano. Fora ela quem, para se livrar da ameaça castelhana e do poder da nobreza, representado pela Rainha Leonor Teles, cingira o Mestre de Avis com a coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o melhor das suas atenções. Esgotadas as possibilidades do reino com as pródigas dádivas reais, restou apenas o recurso da expansão externa para contentar os insaciáveis companheiros de D. João I. 
Caio Prado Júnior, 
Evolução política do Brasil. Adaptado.
Infere-se da leitura desse texto que Portugal não foi uma potência colonizadora como a antiga Grécia, porque seu 

a) peso político-econômico, apesar de grande para o século, não era comparável ao dela.
b) interesse, diferentemente do dela, não era conquistar o mundo.
c) aparato bélico, embora considerável para a época, não era comparável ao dos gregos.
d) objetivo não era povoar novas terras, mas comercia­lizar produtos nelas obtidos.
e) projeto principal era consolidar o próprio reino, libertando-se do domínio espanhol.

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