PUC-CAMP . 2 2020 – Questão 22

Linguagens / Literatura
Em 1956, o surto experimentalista que definia o cenário literário da época surgia declaradamente na área da poesia, e na ficção marcava-se pela aparição de Grande sertão: veredas. Essa insólita obra foi recebida pelo público e pela crítica com reações que oscilavam entre o deslumbramento que ofusca, a rejeição temerosa (que o desconhecido sempre suscita) e a obscura certeza de que ali havia algo de inaugural e definitivo. Grande sertão: veredas mostrava os novos caminhos da ficção, ao trabalhar uma matéria bruta, ainda em estado selvagem, e por isso mesmo, mais próxima das formas originais, por meio de uma linguagem revolucionária.
(Adaptado de: COELHO, Nelly Novaes Coelho. “Guimarães Rosa e o ‘homo ludens’”. In: Afrânio Coutinho (org). Guimarães Rosa – Fortuna crítica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira/INL, 1983, p. 259-260)
 
Desbravar o sertão, durante o período colonial, era uma ação permitida e apoiada pela Coroa portuguesa, principalmente quando voltada
a) ao registro e à coleta de espécimes da flora e da fauna por artistas e cientistas da Missão Francesa, no início do século XVIII, para que fossem divulgadas na Europa as riquezas naturais do Brasil.
b) à identificação e ao ataque às missões clandestinas, após a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal, no século XVIII, que passaram ostensivamente a abrigar escravos fugidos.
c) à demarcação das fronteiras portuguesas com a América Espanhola, em cumprimento ao Tratado de Tordesilhas, firmado no século XV e ratificado pelo Tratado de Madri, no século XVII.
d) ao apresamento de índios e à prospecção de metais preciosos, atividades que ocorreram com grande intensidade nos séculos XVII e XVIII.
e) à construção de fortalezas e fortes, para que os núcleos populacionais brancos existentes se defendessem das tribos indígenas hostis à catequização largamente empreendida pelos jesuítas entre os séculos XV e XVIII.
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